quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sobre domingos, nostalgia e você

O Sol escaldava mentes lá fora, derretia sorvetes, queimava peles, matava os loucos. Em casa fazia 15 graus e as janelas estavam fechadas há mais de três dias. Eu folheei o álbum de fotografias que outrora jazia esquecido no fundo da minha gaveta -e veja só, eu acabara de revelar as fotos e montá-lo- e deixei um sorriso escapar por entre os lábios-escarlate já petrificados de tanta saudades dos teus. Seria possível? Nunca ao menos se tocaram. O som do piano no quarto ao lado inebriava minha mente, entorpecia meus sentidos, mas ainda assim a minha boca gritava teu nome. Eu bati a cabeça na parede e sacudi os miolos que nunca sequer funcionaram direito. A nostalgia de domingo sempre foi muita pra minha pouca sanidade.

Pietra Falseti.

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